O Brasileirão de 2012, edição vencida pelo Fluminense, foi um certame marcado por grandes nomes. Muitos craques renomados mundialmente disputaram esta edição. Ronaldinho Gaúcho no Galo, Neymar no Santos, Deco e Fred no Fluminense, Juninho Pernambucano no Vasco, Seedorf no Botafogo, Diego Forlan no Internacional.
O Grêmio tinha Elano e Zé Roberto na meia. O O São Paulo tinha os jovens Lucas Moura e Casemiro. O Timão tinha Paulinho, o Cruzeiro tinha Walter Montillo, o Flamengo tinha Vagner Love, o Palmeiras tinha Marcos Assunção. Grandes nomes que fizeram história no mundo da bola, e que deram um tempero especial ao futebol brasileiro.
A temporada de 2012 foi recheada de grandes partidas. Grandes nomes e equipes que abrilhantaram o espetáculo. Porém, ao longo dos anos, isso foi diminuindo, por fruto de más gestões nos clubes e desequilíbrio econômico.
Vivemos um período de declínio em nível de competitividade. Um Brasileirão de cartas marcadas, onde antes da bola rolar, já sabíamos quem seria o campeão.
Anos depois de ter várias estrelas disputando o campeonato Brasileiro, o cenário se repete. A expectativa para a Série A aumenta cada vez mais, uma vez que grandes nomes que já fizeram história no futebol mundial jogam por aqui.
Temos Marcelo no Fluminense, Luís Suarez no Grêmio, Hulk no Galo, Renato Augusto no Corinthians, Charles Aranguiz e Enner Valência no Inter, Fernandinho no Athlético, Dudu no Palmeiras, Arrascaeta no Flamengo, Tiquinho Soares e Marçal no Botafogo, mais a mais recente contratação James Rodríguez no São Paulo.
É natural que surjam comparações entre 2023 e 2012. Apesar de Palmeiras e Flamengo terem dominado o cenário nacional nos últimos anos, com o Galo quebrando a hegemonia em 2021 vindo logo atrás, é possível se acreditar que o campeonato esteja retomando o equilíbrio técnico.
A chegada de dinheiro novo nos clubes e a mudança de modelo de gestão fazem com que tenhamos elencos mais robustos e grandes nomes, o que fortalece quem deseja desafiar a hegemonia de Verdão e Fla.
A tendência é que tenhamos um campeonato nivelado pra cima na parte técnica, e esses nomes sendo diferencial para as equipes. Óbvio, que vários deles não estão mais no auge da carreira, mas poderemos ver lampejos do que vimos de muitos deles na Europa em solo brasileiro.
Além desses grandes nomes, equipes intermediárias muito bem administradas, que vêm de temporadas sólidas. Equipes que conseguem fazer com que apostas se consolidem no mercado da bola, além de ter um bom trabalho na base.
Elementos muito bons para o futebol brasileiro retomar seu protagonismo.