Aymoré Moreira, uma legenda (da Redação)

Aymoré Moreira (à direita) ao lado de seu irmão Zezé Moreira (este com a camisa do America)

 

Aymoré Moreira nasceu em Miracema, no Estado do Rio de Janeiro em 24 de janeiro de 1912 .

O ex-treinador deu início à sua carreira futebolística como goleiro na década de 1930.

Ainda como jogador, ele defendeu o extinto Sport Clube Brasil, o Botafogo (RJ), e o Palestra Itália (atual Palmeiras).

No final da década de 1930, Aymoré Moreira começou sua história dentro da Seleção Brasileira como goleiro.

Após formar-se em educação física em 1948, ele iniciou sua carreira de técnico de futebol, tendo dirigido alguns dos principais clubes brasileiros -São Paulo, Santos, Corinthians, Portuguesa, Palmeiras Flamengo, Cruzeiro, Vitória e Bahia.

Depois de vencer a Copa do Mundo de 1962, Aymoré trabalhou como técnico no futebol de Portugal e da Grécia.

Ele fazia parte de uma família que deu ao futebol brasileiro mais dois técnicos: Zezé Moreira (que também dirigiu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1954 – e morreu, no Rio de Janeiro, no dia 10 de abril de 1998) e Ayrton Moreira (que comandou o Cruzeiro na década de 1960, durante uma das melhores fases da história do time mineiro).

A primeira participação de Aymoré Moreira no comando técnico da seleção brasileira aconteceu em 1953.
Em 61, ele assumiu novamente o cargo e permaneceu até 1963. Depois do fracasso do Brasil na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, Aymoré foi chamado novamente para comandar a reformulação do futebol brasileiro, que culminaria com o tricampeonato mundial no México, em 1970.

Em 1968, ele foi substituído pelo jornalista e técnico João Saldanha. Aymoré é o técnico que mais dirigiu a seleção brasileira depois de Mario Jorge Lobo Zagallo.

No total, o treinador participou de 61 jogos oficiais à frente da seleção.

Em 57 anos de carreira, Aymoré dirigiu três gerações de jogadores brasileiros: Zizinho e Ademir Menezes (década de 1950); Pelé, Garricha e Zagallo (década de 1960); Rivellino, Tostão e Clodoaldo (final dos anos 1960).

Desde 1979 ele morava em Salvador.

Ao falecer aos 86 anos em 26 de julho de 1998, Aymoré deixou mulher e dois filhos, Sheyla e Éder Moreira.