Suárez, a euforia do Grêmio (por Robertinho Silva)

Luisito Suárez foi a contratação mais emblemática do mercado da bola no Brasil. Um dos maiores centro avantes deste século, jogador símbolo da retomada uruguaia atuará no futebol brasileiro. É óbvio que o momento de “El Pistolero” é de declínio técnico, mas o peso, a representatividade desta contratação no esporte é magnífico.

O Grêmio faz um movimento de mercado histórico e emblemático ao assinar com o jogador de 35 anos. Seu mero acerto é um orgulho e um sinal de grandeza dos gremistas. O sucesso dentro de campo não é garantido, embora este simples escriba acredite que tem tudo para ser. Na sua breve passagem pelo Nacional do Uruguai, “El Pistolero” foi líder do Bolso no título do Campeonato Uruguaio.

Luisito Suárez pisou no gramado da Arena, recebeu o carinho dos torcedores e trouxe consigo a esperança de dias melhores para o torcedor gremista. O astro chegou com uma recepção de gala, digna de tudo que ele foi e representa no cenário do futebol. O camisa 9 uruguaio vem pra ser o símbolo da retomada gremista, nesse momento que é de reconstrução do time gaúcho, após a fatídica queda a série B.

O Grêmio viveu dias melancólicos. Um ano muito irregular na Série B. Apesar do retorno, a torcida ainda tinha uma certa desconfiança. Uma nova diretoria assumiu, e o novo presidente Alberto Guerra prometeu um time competitivo. Até aqui, foram nove contratações, e Suárez chegou para ser a cereja do bolo.

O quinto maior artilheiro em atividade do futebol mundial prometeu que não veio a passeio. Bem mais do que isso, fez questão de mostrar que conhece o clube e que deseja ajudar o Grêmio a retomar o caminho das conquistas.

Suárez será não só motivo de orgulho para os gremistas, como para o futebol brasileiro. Os gramados tupiniquins com certeza agradecerão por ver desfilar aqui, um atacante deste quilate, com passagens por Ajax, Liverpool, Barcelona, Atlético de Madrid, e de momentos marcantes com a camisa da seleção uruguaia.

Agora nos resta torcer para que Luisito honre sua trajetória, e consiga por aqui relembrar pelo menos um pouco a máquina de gols que tanto encantou pelos gramados mundo a fora.

Acredito que a relação com Renato Portaluppi será diferente de todas que o Pistolero já teve com outros treinadores na sua carreira. Porém, tem tudo pra dar certo, pois Renato costuma falar bem a língua dos boleiros.

Também levo fé em que Renato conseguirá montar uma estrutura tática, que consiga municiar o astro uruguaio, e consiga fazê-lo entregar o melhor que pode. O treinador gremista sabe muito bem o calibre do jogador que terá a sua disposição.

Não há despedida para quem é eterno (por Robertinho Silva)

Não há despedida para quem é eterno. Para sempre Fred

Mais de 63 mil pessoas foram ao Maracanã para a festa de despedida de um dos maiores ídolos do Fluminense. As imagens da TV fazendo um giro pelas arquibancadas, uma das demonstrações de carinho dos torcedores do Flu me chamou a atenção. Um cartaz com os seguintes dizeres; “Não há despedida para quem é eterno”.

A história de Fred será eternamente contada pelos torcedores do Flu. Vestindo a camisa tricolor, o camisa 9 viveu todas as emoções possíveis. A comoção presenciada no Maracanã nos dois últimos jogos é um encerramento de ciclo a altura de uma sinergia que começou justamente em um momento de tempestade. O “Time de Guerreiros” foi um dos episódios mais marcantes dessa história de Fluminense e Dom Fredon. Em 2009, logo na sua primeira temporada, o Tricolor Carioca passou por apuros no Campeonato Brasileiro. O rebaixamento do Flu já era dado como certo para alguns dos mais renomados especialistas. Mas Fred foi líder, assumiu a responsabilidade, e conduziu o time carioca a uma das mais improváveis e épicas arrancadas evitando o descenso. Por justiça do destino, foi recompensado com o título Brasileiro de 2010. De 99% rebaixado a 100% campeão. Fez o gol do tetra Brasileiro diante do Palmeiras 2 anos depois.

Frederico Chaves Guedes, nasceu para o protagonismo. Classifico o camisa 9 tricolor como um matador formidável, uma máquina de pulverizar recordes. De direita, de esquerda, de cabeça ou até de muletas, ele sempre deu mostras de sua capacidade goleadora. Mas, claro, sempre teve seus méritos: otimista por natureza, frio nas execuções, sempre teve um sexto sentido na hora de se posicionar nas proximidades do gol.

Não é coincidência ou obra do acaso ser o maior artilheiro do Brasileiro de pontos corridos, do Fluminense em jogos oficiais, do Fluminense em Libertadores, Copa Sul-americana, Copa do Brasil e Brasileiro. Fred sempre teve uma postura de altivez, de rei justo, uma cabeça fria aliada a uma testa de titânio, principalmente nos momentos de paúra. O camisa 9 escancarou sorrisos de diversos torcedores por onde passou fazendo a bola padecer no paraíso das redes. América Mineiro, Cruzeiro, Lyon, Fluminense, Seleção Brasileira.

Não foi o que todo mundo esperava na Copa de 2014. Foi vítima dos desatinos de Scolari e da imprensa corneteira. Mas, deu a volta por cima, mesmo recheado de críticas, e acabou sendo artilheiro do Brasileiro pela segunda das três vezes.

Fred é sinônimo de gol tanto quanto é de Fluminense. Com foi do Bi do Brasileirão. E mais ainda, o cara da saga da Ressurreição em 2009 do time que conseguiu a recuperação mais improvável e espantosa. Primeiro ano dessa relação, eternizado para sempre. F de Fluminense. R de razão, E de emoção, D de destino. Destinado a ser eterno. Eternamente guardado em cada coração tricolor. Eternizado na galeria de grandes heróis tricolores.

O 9 de julho não é a data do adeus. Mas, a do para sempre. Pois, não há despedida para quem é eterno

França, a fera do São Paulo

Entre 1996 e 2002, França foi a referência do ataque são paulino. Pelo Tricolor do Morumbi, ele conquistou os Campeonatos Paulistas em 1998 e 2000, além de ser campeão dou Torneio Rio-São Paulo em 2001. Rápido, preciso e com finalizações perfeitas.

Quinto maior artilheiro da história do São Paulo, França marcou 182 gols em 327 jogos pelo clube. Somente Serginho Chulapa, Gino Orlando, Luis Fabiano e Teixeirinha o superam na lista dos maiores goleadores do SPFC.

Veja muitos gols de França no vídeo abaixo.

A Família Lemos (por Paulo-Roberto Andel)

Provavelmente a de maior artilharia na história do futebol, ou uma das, a Família Lemos tem histórias de sobra para contar. Dentre os irmãos, César Maluco foi um monstro no Palmeiras, Caio Cambalhota marcou muitos gols pelo Flamengo e vários outros times, Luisinho Tombo foi o maior artilheiro da história do America. Confira.

Almir Pernambuquinho (da Redação)

Almir Morais de Albuquerque, o Almir Pernambuquinho, nasceu em Recife, em 28/10/1937, vindo a falecer no Rio de Janeiro em 06/02/1973.

Um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, de personalidade forte e explosiva, com justa fama de encrenqueiro, protagonizou algumas das maiores polêmicas do futebol de sua época. Envolveu-se em diversas brigas, normalmente provocadas por ele mesmo. Entre essas brigas, destacam-se uma batalha campal entre os jogadores do Brasil e do Uruguai em partida realizada em 1959 entre as seleções dos dois países e, principalmente, a briga provocada por ele na final do Campeonato Carioca de 1966.

Almir morreu assassinado, em 1973, aos 36 anos, numa briga no bar Rio-Jerez, em frente à famosa Galeria Alaska, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ao ver que alguns atores-bailarinos do grupo Dzi Croquettes, ainda maquiados depois de uma apresentação, estavam sendo achincalhados por um grupo de portugueses, o jogador interveio em defesa de atores. Houve uma discussão, Almir agrediu um dos portugueses, e começou um tiroteio no calçadão da avenida Atlântica. No final, Almir estava morto, com uma bala na cabeça.

Seu livro “Eu e o futebol” é um marco da literatura esportiva do Brasil.

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Luisinho Lemos (da Redação)

Luiz Alberto Silva Lemos, mais conhecido como Luizinho Lemos ou Luizinho Tombo, é o maior artilheiro da história do America F.C., com 311 gols. É irmão dos também atacantes Caio Cambalhota e César Maluco.

No Brasil, marcou 434 gols, afora os que assinalou jogando no exterior. Marcou época no futebol carioca dos anos 1970 e 1980. Passou por Flamengo, Internacional, Palmeiras, Botafogo e outras equipes.

É o terceiro artilheiro da história do Maracanã, ficando atrás apenas de Roberto Dinamite e Zico.

A FAMÍLIA LEMOS E SEUS ARTILHEIROS

Dadinho e Alcino, reis do Remo (da Redação)

Alcino e Dadinho

Dadinho, com 163 gols é o maior artilheiro da história do Clube do Remo, e três vezes artilheiro do campeonato paraense.

Paulista, começou a carreira no Itabuna, no anos de 1978, tendo defendido diversos outros clubes em sua carreira: Saad-SP, Santa Cruz, o extinto Pinheiros (hoje Paraná Clube), Inter de Porto Alegre, Ceará, ABC e Paysandu.

A história de Dadinho também é marcada no grande rival do Remo, o Paysandu: ele foi o autor do gol do título brasileiro do Papão na Série B em 1991.

Em 2011, o artilheiro morava em Indaiatuba-SP com a esposa e dois filhos, trabalhando fora do futebol, numa concessionária de veículos, na parte de monitoria do sistema de câmeras de segurança da loja.

O segundo maior artilheiro da história do Remo é o carioca Alcino “Motora” (Alcino Neves dos Santos Filho), com 158 gols. Começou no Madureira, depois também atuando pela Portuguesa de Desportos, Grêmio, Atlético Goianiense, Bangu, Rio Negro-AM, Internacional de Limeira e Pinheirense-PA. Foi tricampeão paraense entre 1973 e 1975.

Vindo de uma juventude difícil, chegando mesmo a ser preso e condenado no Rio de Janeiro, Alcino ganhou a torcida azul por sua garra, irreverência e pelo estilo que depois seria conhecido anos depois por bad boy. Faleceu em 2006, numa situação muito difícil na cidade paraense de Ananindeua, onde morava de favor em um sítio.

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