Giva, Giva, Givanildo!

Nos tempos em que todos os times brasileiros jogavam com um só volante, Givanildo foi a fera à frente da zaga. Multicampeão pelo Santa Cruz, vice-campeão nacional pelo Corinthians, chegou à Seleção Brasileira. Passou pelo Fluminense, foi para o Sport – onde também brilhou. Depois, virou treinador de sucesso, ganhou trocentos títulos e continua na ativa, denunciando que nunca teve espaço em times grandes pelo preconceito que sofre por ser nordestino.

O DIA EM QUE GIVANILDO PAROU PELÉ: CLIQUE AQUI

Esses onze aí (por Paulo-Roberto Andel)

“ESSES ONZE AÍ : UM FILME PANFLETÁRIO, A FAVOR DO FUTEBOL”
Super-8
Direção: Geneton Moraes Neto e Paulo Cunha
Local e ano de realização: Recife, 1978
Imagens: Lima
Participação: Juliana Cuentro
Entrevistas: Zagalo, Nunes, Givanildo, Palhinha.

O filme faz a defesa da alegria do futebol, em contraposição aos que o apontavam como fator de alienação. Era ano de Copa do Mundo. Entre avanços e recuos, o Brasil respirava a abertura lenta, gradual e segura, sob o governo do General Ernesto Geisel. O texto diz, a certa altura: O futebol não é a cartolagem corrupta, nem a política rasteira da CBD nem o sonhos dos treze pontos – transformado em assalto semanal aos bolsos já vazios. O futebol é o coração pulsando de raiva, é o grito na garganta. O nosso futebol é a verdadeira estética da fome (….) A bola nunca foi o desatino brasileiro. O muro que divide a geral da arquibancada é que é o “x” do problema (…) O culpado por esse Brasil salário-minimo não é o futebol. Quem apagou a luz não foi Pelé. As ditaduras se acabam. A camisa dez fica.

Premiado no II Festival de Cinema do Recife:

“Melhor Filme – primeiro lugar, por unanimidade do júri; “Melhor Filme Pernambucano” – Prêmio Miranda Falcão, instituído pelo Diário de Pernambuco; Troféu Fundarpe ( Voto popular ); Melhor Diretor: Medalha de Ouro de Kodak: Geneton Moraes Neto, por “Esses Onze Aí” e “A Flor do Lácio é Vadia” ( Diário de Pernambuco / 05/12/1978 ).