Diego Armando Maradona para todo o sempre (por Zeh Augusto Catalano)

Era um domingo qualquer de “Show do Esporte”, em 1985. A Band mostrava o campeonato italiano, e este era um jogo dos melhores. A Juventus, de Platini e Boniek, ia a Napoli encarar Maradona – que ainda não havia virado Deus – e seu time mediano que, anos mais tarde, conseguiria o tão esperado Scudetto. 

Mas o que há de tão sensacional nesse jogo? A falta, batida por Maradona, que o vídeo acima mostra. No gol estava Stefano Tacconi, uma lenda da Juventus, um monstro de goleiro. Lembro bem do lance, que já não era uma marcação comum da arbitragem. Dois toques dentro da área, a barreira montada em cima da bola. Não há espaço pra nada. Esse colherada (com a bola em movimento) por cima da barreira é uma das coisas mais inexplicáveis que já vi num campo de futebol. Eu (e o mundo) jurávamos que a bola seria batida do outro lado, pela absoluta impossibilidade de se fazer qualquer outra coisa. No entanto… O gênio fez isso ai.

É um troço tão sensacional, tão inacreditável, que eu estou aqui falando de uma falta, de um único toque, trinta anos depois.

Nunca mais vi nada parecido.

A tradução do título do vídeo: “Tanto faz, faço o gol assim mesmo”. Resposta a um companheiro de time que reclamava da barreira próxima demais.

Depois querem comparar brasileiros contemporâneos a ele…